Christophe Michalak: Rodin dos doces

Quando criança, Christophe Michalak queria se tornar desenhista: quando não conseguiu entrar na Escola de Belas Artes de Paris, resolveu se tornar pâtissier.  Hoje, suas criações em açúcar e chocolate só não estão expostas em um museu porque são devoradas antes.. Desde 2000 é Pastry Chef  no renomado restaurante do Plaza Athénée Hotel (três estrelas Michelin),  em Paris.
Vaidoso e bonitão, deixou a mulherada brasileira- e muitas jornalistas- bem assanhadinhas. Sabendo disso, ele abusa de seu sex-appeal e adora usar o termo “sexy” nos mais variados contextos… Abaixo, entrevista que eu e Monique Paoletti fizemos com ele na última quarta, enquanto tomávamos alguns drinques no bar do Kaá. Ah, sim: segundo ele, o martini de açaí, cachaça e jabuticaba tinha “uma cor pouco sexy”… (mas eu acho muito é do bom!)
Esta é a terceira vez que você vem ao Brasil. Já criou algum doce com ingredientes brasileiros? Não, porque lá na França eu não os consigo. Mas gosto muito das  frutas amazônicas.
Quais as características da sua Profiterole 2009, releitura da tradicional sobremesa francesa, que foi servida no Jantar das gerações? Ah, tem que experimentar. Não dá pra descrever. Algumas mulheres falam que é como um orgasmo. Talvez seja melhor eu desenhar pra explicar como ela é. (ele passou cerca de 15 minutos desenhando e explicando o doce).
Quanto tempo você levou para criá-la? Foi muito rápido, mas cada dia eu mudo um pouco.
E qual foi a reação do pessoal que participou do jantar ao experimentar as profiteroles? Sei que as pessoas vão gostar porque  só faço sobremesas o que eu como. Quando coloco todo o meu amor em um prato, tenho certeza de que o que fiz é muito bom. Em geral, faz sucesso.
Alguns chefes consideram essencial fazer a finalização do prato em frente ao cliente. Você é assim? Não, o mais importante é a emoção e ela é criada de dois jeitos: pela visão e depois pelo gosto e textura.
Nestes últimos você bebeu tantas caipirinhas quantos seus amigos? Só uma, senão eu caio ou fico pelado em cima da mesa depois do segundo copo (risos).
Bom, a mulherada adoraria… Por falar em mulherada, você está sendo muito paquerado aqui no Brasil. Gosta das brasileiras? Elas são lindas, mas prefiro as do leste europeu.

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