Perrier-Jouët Belle Epoque Rose 2002 e Maní: uma combinação de arrasar

Oito da noite de uma quarta. Eu, sentada sozinha à mesa para dois no escurinho e romântico jardim do Maní, tomava minha primeira taça de Perrier-Jouët Rose 2002 enquanto aguardava a chegada do meu namorado. Tranquila, sem pressa, só sentindo a perlage estourando na língua, no céu da boca… Ao meu lado, uma escultura de nome Flower Table (criada pelo francês Noé Duchaufour-Lawrance), especialmente trazida para o Brasil, guardava  e gelava duas garrafas da bebida. Na minha frente, o crocante biscoito de polvinho do couvert gritava para ser comido todinho– e foi, aos poucos. Dez minutos depois, com a chegada do meu acompanhante, a verdadeira experiência começou.

Uma experiência sensacional.

Perrier-Jouët Belle Epoque Rose 2002 é, até o presente dia, meu champanhe favorito. Fresco, delicado, com notas de flor de laranjeira e kirsch, final refrescante com toque de cereja. Se fosse rica– Ah! um dia serei…– tomaria isso das seis da manhã até depois de escovar os dentes para dormir, diariamente. Novíssimo no Brasil, começará a ser vendido no início da primavera (em delicatessens por todo o país; 1500 reais a garrafa) justamente por suas característica florais.

Eis que a Perrier-Jouët teve a idéia de juntar-se aos chefs Helena Rizzo e Daniel Redondo, do Maní, para proporcionar uma refeição inesquecível. Menu-degustação de pratos especialmente criados para harmonizar com o champanhe; todos apresentando equílibrio impecável de ingredientes, sempre com a presença de algo frutado ou floral. O menu começou com três mini entradas: Consome de tomate com mini burratas, uma incrível lichia recheada de foie gras com caramelo de Sauternes e rosas e tortinha de pupunha e abóbora com melão, amêndoas e manteiga de sálvia. Mais uma taça de Perrier-Jouët Rosé e uma tenríssima e gordinha vieira na fumaça de Lapsang Souchong (chá chinês conhecido por sua característica naturalmente defumada), acompanhado por creme de aspargos brancos e toque de maracujá.

Mais duas taças de Perrier-Jouët Rose e…

Posta alta de robalo, úmida, tenra, daquelas deliciosas de enfiar o dente, com emulsão de jabuticaba e azeite de baunilha. Lindo, repleto de flores comestíveis— pedi até a lanterna do garçom pra ver melhor e conseguir fotografar.

Mais, sei lá quantas, taças de Perrier-Jouët Rose e…  a vez da melhor paleta de cordeiro que comi na vida. Cozida a baixa temperatura por horas, completamente macia, acompanha de tubérculos assados e farofinha de castanha do Pará. Para arrematar, uma sobremesa clara, fresca: frutas amarelas com infusão de frutas amarelas, açafrão, raspadinha de mexerica e chá earl grey. Quando estava a ponto de pronunciar “Tô passada!”, o garçom trouxe outra sobremesa, ainda melhor: sorvete de açaí, banana nanica, gelatina de guaraná, farofa de aveia e raspadinha de morango. PELAMORDEDEUS!

Duas garrafas de champanhe e todas estas pequenas maravilhas depois, dispensei o café– não queria que um espresso roubasse os sabores de mim– e fui para casa. Sim, de táxi.

Antes que eu esqueça: este mesmo menu, incluindo o champanhe, será disponibilizado ao público à partir do mês que vem. Ainda não tem preço definido, mas digo assim que souber. É, vai ser caro pacas 🙁

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