Lapinha spa: para descansar e se desintoxicar completamente

Jardim em frente a "casa" na qual ficam os quartos: delícia para descansar e ouvir passarinhos

Estava precisando emagrecer e descansar. Mais emagrecer, na verdade. Bom, sempre estou precisando– ou você acha que manter esse blog é algo light? Mas então, necessitava exterminar uns quilos e relaxar e, para isso, pretendia passar a Páscoa num spa, longe de chocolate e perto de um maço de rúcula. Então, decidi conhecer o Spa Lapinha.

Muita gente já havia falado bem de lá para mim, do quanto é zen, que você se desconecta do mundo. Além disso, faz tempo que sou fã da linha de comidas orgânicas deles (biscoitos, geléias, pães, bolos). Peguei um avião para Curitiba e fui.

O prédio moderno aonde ficam situados todos os tratamentos estéticos e massagens

O Lapinha Spa fica há uma hora e meia de carro da capital do Paraná, no meio de área linda de mata de araucárias. Já na chegada dá para perceber a pegada natureba (no bom sentido) do lugar: ao lado da recepção fica uma mesa sempre repleta de vários tipos de chás de ervas e de frutas e água– é terminantemente proibido consumir refrigerantes, açúcar, sal e adoçantes, além de outras “coisinhas” que vou citar mais pra frente. E eu tive sorte: cheguei bem na hora do almoço, que vai de 12h à 13h30. O refeitório é todo organizado, branquinho e verdinho, com florzinhas em cima das mesas e garçonetes ágeis. Ah, sim: cada um tem sua mesa, com nome escrito numa placa e tudo. Então me sentei e… Todo mundo começou a rezar antes de comer! Pois então, a Lapinha tem uma influência cristã fortíssima, o que pode incomodar pessoas que, como eu, não tem religião, ou ateus, judeus, muçulmanos. Confesso um imenso desagrado neste momento, mas fui comendo enquanto a galera rezava porque, afinal, não sou obrigada a compartilhar da fé de ninguém.

A horta, dentro do spa, da onde saem todos os vegetais orgânicos consumidos pelos hóspedes

O cardápio é altamente desintoxicante. MUITA fruta (a linha terapêutica de lá crê que se come muito menos se começar a refeição com frutas porque a taxa de glicose aumenta e, automaticamente, a fome diminui), verduras e legumes deliciosos e saborosos (são todos orgânicos, plantados na horta dentro do hotel e fresquíssimos) e zero carne– sim, dieta ovolacteovegetariana. O que, pra mim, que ama carne, é complicado porém sensacional– senti uma imensa melhora na minha digestão e disposição durante a estada. O corpo fica mais leve, a pele mais bonita. A verdade é que comemos e bebemos muita porcaria que se acumula no organismo e, quando menos percebemos, estamos com enxaqueca, úlcera…

A super piscina com vista para a mata de araucária

Almocei um pratão de salada bem gostoso– os molhos sempre são bons—, almôndegas de soja ao sugo e fui andar pela área verde que inclui até um lagão. Depois, aproveitei para passar no médico, pesar e tirar medidas, fazer massagem com bambu (a cartela de terapias é boa e os preços variam de R$ 100 a R$ 120) e meia hora de esteira. Daí, as 18hs, um sino tocou: era o jantar. JANTAR?! Mas a essa hora, geralmente, eu estou na redação mais engrenada no trabalho do que skate em descida. Eu saio as 20hs e vou comer, sei lá, umas 21h30! Pois bem, fui jantar com toda a fome que tenho depois que o sol se põe e encontrei uma porção cheirosa e quente de… sopa. Meu jizuis, achei que fosse acabar mastigando a cortina lá pelas das 20hs, mas resisti e fui assistir tv que é comunitária (elas não existem nos quartos) e fica ligada apenas das 20hs às 21h30. Fiquei lendo na cama até as 23h e dormi. Muito bem, por sinal. Claro que poderia ficar conversando com os outros hóspedes que pareciam estar se divertindo bastante com o papo, mas estava numa época meio ogra, com desejo de ficar sozinha, quieta no meu canto.

Acordei as 6h com um movimento na portaria. Fogo? Ratos? Alienígenas? Não, a caminha matinal de dez quilômetros. Olha, juro que reuni todas as forças disponíveis desde o meu pé até os cílios, mas não rolou acordar a essa hora. Virei para o lado, puxei a coberta e dormi feliz até as 8h quando levantei da cama boa só por uma razão: comida! Passei o dia na piscina linda de fundo infinito, ouvindo apenas passarinhos animados e, por vezes, nem isso. Era a primeira vez sei lá em quanto tempo que eu efetivamente despluguei, acalmei. Voltei um quilo mais magra, muito mais consciente do que como e, desde então, estou me exercitando três vezes por semana e já emagreci mais dois quilos. E, veja só!, continuo com o Gastrolândia!

Abaixo, uma das receitas de sopinha que tomei e curti bastante. Pode ser uma boa para suas noites.

Sopa indiana de couve-flor

Sopa indiana de couve flor
3 porções de 140 calorias cada
Ingredientes
1 dente de alho picado
1 cebola picada
1 colher de sopa de óleo de girassol
1 batata grande descascada e picada
1 couve-flor pequena picada
5 1/3 xícaras de água
1/2 colher de sopa de gengibre fresco ralado
1 colher de chá de cúrcuma
1 colheres de chá de sal
1 colheres de sopa de iogurte natural

Como fazer
Em uma panela, refogar o alho e a cebola no óleo. Acrescentar a batata, a couve-flor e água e deixar cozinhar por 25 minutos. Retirar os legumes do fogo, esperar amornar e bater no liquidificador. Levar essa mistura ao fogo novamente, adicionar o  gengibre, a curcuma, o sal e o iogurte e deixar ferver por mais 5 minutos.

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